Há anos eu
procurava.
Tu sabes
como eu procurei.
A fundo, em
parques escuros,
banhada por
lágrimas noturnas,
A minha alma
procurava.
Procuravas
o quê, minha filha?
Pergunta que
Tu não me fizeste,
Mas que
olhos terrestres ao me ver,
ansiavam por
saber:
O quê
procuras ao chorar menina?
Ninguém
compreendia.
Exceto Tu,
Senhor! Sabias!
Sempre soube
o que eu precisava.
E assim,
sonhava carinhosamente,
Com o dia da
procura em Ti estar.
Enquanto eu
procurava a felicidade,
As portas do
mundo abriam-se,
e de maneira
atroz trancavam-me!
Seus braços
abertos não pude ver,
para a água
viva dar-me de beber.
Bem
aventurada hoje sou!
Pois
a Tua luz reinaste sobre a escuridão!
Adentrou nos
espaços das portas,
E pouco a
pouco, graciosamente,
Explodiu as
fechaduras, dominou os salões.
Não sentia
mais fome de sorrisos,
a Tua
presença me alimentou.
Não sentia
mais sede por verdade,
a tua
palavra me saciou.
Pertencer-te, és a minha felicidade.
(Patrícia Vicente)
